April 26, 2007

Babá babaca

Esta é a Lena, a brasileira que três vezes por semana (2ºas e 6ªas à tarde, Sáb. à noite) vem limpar a casa, passar a ferro e tomar conta do Gustavo, respectivamente. Outro dia saiu-se com o seguinte comentário: "Eu acho qui o Gussstavô é meio impérátivo. Êli não párá!". Assim mesmo, imperativo. Válhámideus.

Vou lá acima enxugar o prato

O tempo ainda custa mais a passar quando a metereologia não colabora e o satélite da tvcabo só dá chuva.

Lá vou eu ter que gramar com o Salsa Rosa...

April 25, 2007

Em busca do tempo perdido

Quando pensava já estar acostumbrada aos incontornáveis equívocos do portinhol-espanholês, fui surpreendida por uma acesa discussão com el mestre de obras que periodicamente aparece (atrasado) para resolver um dos inúmeros problemas do nosso apartamento, acerca do significado do termo "médio-día". O señor teimava que em terras espanholas este designa um período que coincide com a hora "de la comida", ou seja, aí por volta das duas da tarde. O que me leva a concluir que, ao contrário do que acontece no resto do mundo, a jornada espanhola é constituída por nada mais nada menos que 28 horas bem somadas. Eu bem me parecia que os dias aqui custam muito mais a passar...

Afinal, uma obra-prima do realismo espanhol.

Filho da Mãe?

A Avó João (ou será Avó Maria? O Gustavo que decida...), motivada em partes iguais pela chegada do primero neto e a compra de um segundo scanner, tem passado os serões a digitalizar o espólio familiar de slides, doravante conhecidos como os tesourinhos deprimentes da família Marques Gomes. Hoje enviou-me entusiasmada supostas provas fotográficas de que, afinal, "o Gustavo até dá uns ares da Mãe". Não querendo colocar de novo em causa os longos anos de estudos anatómicos da Avó (a cátedra e o respeito filial não me permitem), só me resta deixar que os nossos leitores tirem as suas próprias conclusões. Enfim, ambas as chuchas são brancas e ridiculamente desproporcionais. E pelos vistos também tive direito ao último modelo de carroçaria infantil.


Enhorabuena, camaradas!

April 24, 2007

National Gugahrafic

Para que não pensem que o Retiro é só deboche, aqui vão umas fotos da primeira excursão do Guga ao parque. E já agora que estamos numa de natureza, mais umas no Algarve, "aquando" da descoberta da existência de um carreiro de formigas. Tenham paciência, nem tudo podem ser fotos picantes...


Olha, a julgar pela alcatifa não estou em casa...


Isto come-se?


Com tanta perninha também eu já gatinhava...

Olha Mãe, aqui também há bifas!

Dá para me deixarem dormir a sesta???

Lét mi put some sanscrine

Coincidindo com a Semana Santa, chegou a Madrid a Primavera. Chegaram as flores, chegaram os passarinhos, chegaram as esplanadas em tudo o que é cantinho do passeio, chegaram as barraquinhas dos gelados em cada esquina e, last but not least, chegaram as bifas em bikini ao Retiro. Pois é, mal brilha o primeiro raiozinho morno de sol e lá se desata a despir tudo o que é erasmus e au-pair inglesa no principal parque da cidade a ver se ganha uma côrzinha mais latina. Olha se a moda chega a Portugal?! Lá se vai toda a respeitabilidade do Parque Eduardo VII.


Tal Pai, tal Filho

Fica aqui o pedido público de desculpas aos avós maternos, que ao contrário do anteriormente afirmado afinal não estão assim tão gagás e têm mesmo o olho clínico bem treinado. As provas fotográficas não deixam dúvidas quanto à paternidade da criança.

O quase Vasco

Apesar do prometido no post anterior, não resisto a publicar o anúncio da praxe, mesmo que com alguns meses de atraso: o Gustavo nasceu no dia 11 de Dezembro de 2006 no Sanatório San José em Madrid, com 3 kg e 50 cm. Mãe e criança encontram-se bem (acrescentar "agora" na parte que me toca).

Antes de vos deixar com fotografias dos primeiros dias, com e sem marcas dos ferros*, aqui fica para quem ainda não sabe a explicação do título do post: num momento de fraqueza, emocionado pelo milagre a que assistia (a epidural), o "Pai" deixou-se convencer pela "Mãe" a chamar Vasco ao promogénito, na tradição de personagens tão nobres da nossa História como Vasco da Gama, Vasco Sacadura Cabral e Vasco Lourinho.

De imediato, o espanto e consternação instalados na equipa médica madrilenha (Pero porque Basco? Sois bosotros de Biscaya? Pero como lo deletreáis?) levou os pais a serem assaltados por visões de incontornáveis confusões no preenchimento de tudo o que é impresso (No Basco, Basco, con "ubé", como Basco da Gama, el nabegante portugues, como lo buestro Colomvo...) e de futuras agressões no infantário. E assim acabou mesmo por ficar Gustabo, para desgosto da avó materna e do camarada.

* Sim, os palavrões foram ditos em bom português.




A cura do jamon

Quase 5 meses depois do último post, o jamon está de volta. Dadas as inúmeras reclamações dos (ex?) leitores mais assíduos (os que ainda teimaram em visitar o blog uma ou duas vezes desde Outubro na esperança de novos desenvolvimentos), impõem-se explicações: é que o jamon ibérico pretende ser produto da primeira qualidade, o que implicou uma longa e penosa cura em região ibérica demarcada (terceiro quarteirão à direita passando o Corte Inglès da Goya) até a coisa atingir o ponto q.b. de sal, ou seja, passado o período de notícias sensaboronas que caracteriza os primeiros meses de vida de qualquer criança. Mas agora que o Gustavo já começa a devorar as primeras papas, a deitar a mão aos telemóveis e a apresentar uns presuntinhos consideravelmente rechonchudos, prometemos fazer um esforço para que o jamon satisfaça o apetite dos leitores que ainda nos restam (Mãe, estás aí???...).

Las patitas estan de comerse, verdad?